Quarta-feira, 2 de Junho de 2010
Conjunção Marte-Regulus
Quem olha o céu na direção noroeste já reparou: dois pontos bem brilhantes parecem estar convergindo e se aproximando cada vez mais. Observadores inexperientes não sabem o que vai acontecer, mas muita gente já está preparando binóculos e telescópios. E poucos dias milhões de cliques serão disparados contra o firmamento. O que está acontecendo?
Antes que os mais afoitos saiam por aí anunciando o Fim do Mundo, é importante destacar que não se trata de nenhuma colisão espacial, mas de um fenômeno astronômico bastante comum, mas nem por isso menos interessante.
A partir de hoje até a metade de junho, o Planeta Marte e a estrela Regulus comandam o show serão a grande atração da abóbada celeste, alvo de milhões de cliques e lentes telescópicas em todo o mundo. Visualmente eles parecem se aproximar e no dia 6 de junho estarão tão próximos que parecerá que vão se chocar.
Essa aproximação cósmica se chama Conjunção Celeste e ocorre quando dois objetos aparentemente se aproximam um do outro no firmamento. Dizemos aparentemente porque isso só ocorre visualmente. Na realidade Marte e Regulus estão bem distantes entre si, mas suas posições em relação à Terra nos causa a impressão de que estão muito próximos.
Atualmente, Marte está a 240 milhões de quilômetros da Terra, praticamente ali na esquina quando comparado à Regulus, distante 77 anos-luz de nós, cerca de 700 trilhões de quilômetros. Apesar das grandes distâncias, o brilho de ambos é muito parecido: Marte brilha com magnitude 1.25, enquanto Regulus reluz com 1.38 magnitudes.
Regulus, a Alpha Leonis, é a estrela mais brilhante da constelação de Leão. Seu raio é 3 vezes maior que o do nosso Sol e pela posição que ocupa no interior da constelação era chamada pelos antigos de Cor Leonis, que em latim significa "o coração do leão".
Neste momento a distância angular entre Regulus e Marte é de 2.5 graus, mas no dia 6 de junho, dia ápice da conjunção a distância será de menos de 0.8 grau. Para se ter uma idéia, o disco lunar cobre um espaço no céu de 30 minutos angulares ou meio grau. Em outras palavras, o distanciamento visual entre Regulus e Marte no dia 6 será similar ao espaço ocupado pela Lua.
Regulus é uma das estrelas mais brilhantes do céu e a olho nu se apresenta como um único ponto, mas com telescópios mais poderosos é possível verificar que o objeto é composto de outras estrelas menores e menos brilhantes, que orbitam sobre um centro de massa comum.
Vendo a Conjunção
Observar a aproximação Regulus-Marte é muito fácil e não requer prática e nem habilidade. Basta simplesmente olhar para o céu após o Sol se pôr. Os dois objetos estarão visíveis entre os quadrantes norte e oeste e poderão ser admirados até que se ponham abaixo do horizonte. Na prática é possível vê-los entre as 18h30 e 22h00 pelo horário de Brasília. A carta celeste acima ajuda a localizar o evento.
Fonte:Apollo11.com
Segunda-feira, 3 de Maio de 2010
NGC 3190
A galáxia espiral NGC 3190 foi observada pelo telescópio de 4 m do Kitt Peak National Observatory (KPNO) nos Estados Unidos da América em Janeiro de 2001. Situada na constelação do Leão, a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra, esta galáxia é vista por nós quase de perfil. Possui um diâmetro de cerca de 60000 anos-luz e faz parte de um pequeno grupo de galáxias designado por Hickson 44. Repare-se na enorme faixa de poeira que obscurece a luz das estrelas situadas na região central da galáxia. NGC 3190 possui um núcleo galactico activo.
Sexta-feira, 2 de Abril de 2010
Trio de Leão (Galáxias M65, M66 e NGC 3628)
As galáxias M65 (à esquerda), M66 (em baixo) e NGC 3628 (em cima) formam um trio a cerca de 35 milhões de anos-luz que se pode observar na direcção da constelação de Leão.
A M65 (NGC 3623) , de magnitude 9.3, brilho superficial de 12.8 e com dimensões aparentes de 8x1.5 minutos de arco, foi descoberta em 1780 por Charles Messier. É uma galáxia do tipo Sa cujo luminoso disco é dominado por uma já velha população estelar, embora algumas zonas do disco possam estar associadas a regiões de formação de estrelas (pequenos nódulos brancos que se podem ver na imagem).
A M66 (NGC 3627) foi descoberta em 1780 por Charles Messier. De magnitude 8.9, brilho superficial de 12.7 e do tipo Sb, apresenta claramente braços espirais deformados pela interacção gravitacional com as galáxias suas vizinhas. Ainda que as suas dimensões (8x2.5 minutos de arco) sejam aproximadamente as mesmas, a M66 é mais brilhante e melhor definida que a M65. Os braços espirais apresentam nuvens de poeiras e nebulosas, sinais de formação estelar.
A NGC 3628 foi descoberta por William Herschel em 1784. É a menos brilhante do trio (magnitude 9.5, brilho superficial de 13.4 e tipo Sb) mas, em nossa opinião, a mais interessante. É uma galáxia colocada de perfil face à nossa linha de visão e onde é possível observar um disco de poeiras claramente distorcido nas regiões externas devido à acção gravítica das galáxias vizinhas, M65 e M66.
Na imagem é ainda possível vislumbrar mais quatro pequenas galáxias: A IC 2694 , a IC 2708 , a IC 2745 e a IC 2776 , de magnitudes, respectivamente, 15.1, 14.5, 15.1 e 15.3.
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Segunda-feira, 22 de Fevereiro de 2010
M66
M66 (também conhecida como Messier 66 e NGC 3627) é uma galáxia espiral localizada a cerca de trinta e cinco milhões de anos-luz (aproximadamente 10,73 megaparsecs) de distância na direção da constelação de Leão. Possui uma magnitude aparente de 8,9, uma declinação de +12º 59' 28" e uma ascensão reta de 11 horas, 20 minutos e 15,1 segundos.
A galáxia NGC 3627 foi descoberta em 1780 por Charles Messier.